A ARTE DAS RUAS COMO INSTRUMENTO PARA COMBATER O VANDALISMO
As pichações são imagem constante aos olhos de quem passa pelas ruas de Juiz de Fora. A cada dia que passa, um muro ou fachada amanhecem sujos pelo vandalismo. E a cidade da Zona da Mata mineira vem ganhando cada vez mais "ares urbanos", assim como os grandes centros. Mas, para tentar reverter essa situação e de certa forma despertar a consciência da população, artistas usam o grafite como manifestação e combate ao vandalismo. A arte que também vem das ruas, surgiu na década de 70, nos Estados Unidos, com a intenção de expressar e refletir a realidade dos centros urbanos e as opressões vividas, principalmente pelos jovens menos favorecidos. Ao contrário da pichação, que se trata apenas de poluição visual, o grafite vem com um toque de arte cosmopolita ao cenário urbano. No Brasil pichação é crime, e a arte de grafitar como manifestação artística e valorização do patrimônio, não. Mas, é necessário sempre ter autorização do dono do espaço que será usado de tela.
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Câmara Municipal de Juiz de Fora é alvo de vandalismo |
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Condomínios residenciais também são visados, e amanhecem com símbolos de vandalismo |
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Contraste do Grafite versus Pichação aparece em Zona Sul de Juiz de Fora |
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Monumentos Históricos de praças da cidade, também não fogem da ação dos vândalos |
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Prédio no bairro São Mateus optou por colocar grades, após ter sido alvo de pichações |
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Lojas e estabelecimentos aparecem pichados em bairros nobres |
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A maioria das pichações são símbolos e siglas de identificação do autor ou do grupo de pichadores |
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Geralmente os rabiscos são feitos com tinta spray aerosol. No Brasil, a lata de spray só é vendida para maiores de 18 anos |
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Alguns símbolos são usados como demarcação de território entre grupos |
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Avenida Itamar Franco, uma das principais da cidade, ganha "ares urbanos", assim como as avenidas dos grandes centros |
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A maioria dos grafiteiros, já se utilizaram da pichação como forma de manifesto |
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Muitos grafites vem acompanhados de frases apelativas à cultura |
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Em Juiz de Fora, ainda podemos observar grafites mais antigos, que foram preservados e autorizados pelo dono do imóvel |
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Grafite feito na Avenida Rio Branco."PKN" é a assinatura de Pekena (Fernanda Toledo) grafiteira nascida e criada na cidade |
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Ao contrário da pichação, o grafite é baseado em desenhos. O artista escolhe cuidadosamente a figura que será grafitada |
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O grafite está ligado diretamente à movimentos musicais como Rap e Hip Hop, Para esses movimentos a manifestação por desenhos, complementa o que as letras tentam passar |
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Os grafiteiros tem termos e gírias próprias do movimento. "Spot", por exemplo, é o local onde é feito o grafite |
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Grafite é considerado street art. O artista aproveita os espaços urbanos com uma linguagem intencional, através de desenhos e cores, para interferir culturalmente nas cidades |
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Existem outros tipos de intervenções urbanas artísticas além do grafite. Em Juiz de Fora o coletivo "Tipo Assim" utiliza a tipografia como arte no muro |
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Infelizmente, as intervenções artísticas, também são alvo de vandalismo. "Tipo no Muro" foi pichado algumas semanas depois |
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O artista plástico Ricardo Barcellos também espalha cultura por Juiz de Fora. Através de pinturas, ele deixa sua marca nos muros da cidade. |